sábado, 5 de abril de 2014

Poesia para ser vista

A propósito da poesia, alguns alunos do 6º B produziram os seguintes poemas visuais que aqui partilham convosco.

 




domingo, 16 de fevereiro de 2014

"O Rapaz de Bronze" de Sophia de Mello Breyner Andresen

A obra "O Rapaz de Bronze" é apenas uma das muitas histórias da escritora Sophia de Mello Breyner Andresen. Para te ajudar a descobrir esta obra e conhecer um pouco mais sobre a sua autora, deixo-vos aqui alguns documentos digitais. Para lhes aceder basta "clicar" nas respectivas palavras ou imagens 

Imagens / Ilustrações   
             

Esquemas / Análise     

  Vídeo    ebook    

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Um conto tradicional açoreano

HISTÓRIA AÇOREANA

A história que vos vou contar não foi inventada por mim. Li-a num livro de contos tradicionais e achei engraçado partilhá-la convosco.
Havia numa ilha dois compadres que fizeram um contrato. Neste acordaram que seria semeado trigo. O que crescesse para cima ficava para o jornaleiro e o que produzisse debaixo da terra pertencia ao compadre Diabo.
O jornaleiro trabalhou a plantação de trigo. O trigo cresceu bastante e, quando chegou o momento deste ser colhido, o jornaleiro conseguiu apanhar muito trigo e o Diabo apenas ficou com as raízes. Este ficou muito dececionado e sentiu-se enganado.
Mais tarde, o compadre Diabo propôs semear batatas mas, desta vez, o que ficasse em cima da terra pertencer-lhe-ia e o que ficasse em baixo era para o jornaleiro.
Sem hesitar, o jornaleiro aceitou a proposta e semeou o campo todo de batatas. O tempo passou. Para cima cresceu a rama abundante e verde da batata e para baixo ficou a produção de batatas. Aquando do momento da colheita verificou-se que o jornaleiro obteve muito lucro com as batatas e o Diabo nenhum, já que este nada conseguiu colher.
Mais uma vez o Diabo ficou a perder e, querendo vingar-se do jornaleiro, disse-lhe:
- Enganaste-me, por isso vou vingar-me! Vais arrepender-te do que fizeste!
Assustado, o jornaleiro não sabia como sair daquela situação. Falou, então, com a sua esposa que o sossegou dizendo-lhe:
- Não te preocupes! Quando o compadre Diabo aqui aparecer, escondes-te que eu falo com ele!
Passados alguns dias, o Diabo foi a casa do jornaleiro. Como combinado, este não apareceu e foi recebido pela sua esposa.
- Bom dia, compadre. O que pretende?
- De si nada! Venho ajustar contas com o compadre…
- Não me diga que ele também o magoou!?
- Ele magoou-me!? De que está a falar?
- É que o meu marido ultimamente tem andado muito violento… Veja o que ontem me fez com as unhas!
O Diabo, um pouco confuso, ao ver a profundidade do ferimento que a comadre lhe mostrara, ficou de tal modo assustado que fugiu o mais rápido que pôde, sem nada dizer. A partir daquele dia, nunca mais foi visto na ilha.
Dizem que quem se empenha é sempre recompensado, e quem ameaça e se julga superior aos outros é castigado… E é bem verdade!


Inês Coelho – 6ºB

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Continuação do texto "O bolo-rei" retirado da obra "Dezembro à porta" de António Torrado

 
   (...)
     «E assim aconteceu. Mas nem o bolo-rei escapou.»
     Coitado do bolo- rei, do bolo inglês, do bolo de natas, do bolo de amêndoa e do pudim de gelatina. Estavam praticamente comidos. Só lhes restava um pedaço de cada.
     O bolo-rei ao ver-se a si e aos seus súbditos, quase comidos, percebeu que apesar do seu título de “rei”, era igual aos outros. Nenhum escaparia de ser comido. 
     Vendo bem, estavam no Natal, numa mesa de família, e a sua honrada função era contribuir para a felicidade de todas as pessoas que ali se encontravam.
     O bolo- rei depois de tomar consciência do que se estava a passar, dirigiu- se aos seus súbditos e disse-lhes, que gostou de partilhar este Natal com eles. Afinal, somos todos iguais, apesar dos nossos sabores e feitios serem diferentes. Todos ficaram amigos e felizes, pois apesar de tudo, abrilhantaram a mesa de Natal. O Natal é uma data especial, pois “Nasceu Jesus” e é uma festa da família e, poder fazer parte dela mesmo que por momentos, faz da nossa curta vida, uma vida especial.
     O bolo- rei, parecia agora um verdadeiro rei, pois conseguiu unir todos os bolos e o pudim. Todos cumpriram a sua função, felizes e com orgulho, até à sua última fatia. Foi o seu primeiro e único Natal.

Susana Silva, 5ºA

domingo, 5 de janeiro de 2014

Continuação do texto "O canteiro dos livros" de José Jorge Letria

     (...)     
     «Os outros riram-se com o gracejo, mas Francisco deixou o engraçadinho sem resposta, mergulhado que estava no mistério das folhas impressas a saírem da terra.»
     Quando voltou para casa nesse dia, correu logo para o quintal à espera de novas alterações no canteiro das hortênsias.
     Ficou desiludido ao ver que permanecia tudo igual e foi para o seu quarto. Pensou, pensou e não conseguia arranjar uma solução para o problema. No meio de tanto pensamento, uma ideia passou pela sua cabeça.
     Foi ao jardim e começou a juntar todas as folhas. De seguida, foi novamente para o quarto e agrafou-as.
     No dia seguinte, o Francisco tinha que entregar um texto infantil à sua professora. Quando esta o chamou, ele tentou disfarçar o entusiasmo que tinha para ler o seu texto, pois quem tivesse o melhor, tinha o prazer de todas as semanas, poder escrever um texto para o jornal da escola.
     Quando acabou de ler, Francisco olhou para a professora que estava boquiaberta com a sua imaginação. Decidida, abriu o envelope com o nome do vencedor.
     Francisco não queria acreditar, pois ele era o vencedor! Estava a tentar não dizer a ninguém o seu segredo para o melhor texto, porque ninguém ia acreditar nele!
     Quando chegou a casa e a mãe lhe perguntou onde é que ele foi buscar a sua inspiração, ele respondeu com muito gozo:
     - No nosso quintal!

Bárbara Baptista,  5ºC