«Os outros riram-se com o gracejo, mas Francisco deixou o engraçadinho sem resposta, mergulhado que estava no mistério das folhas impressas a saírem da terra.»
Quando voltou para casa nesse dia, correu logo para o quintal à espera de novas alterações no canteiro das hortênsias.
Ficou desiludido ao ver que permanecia tudo igual e foi para o seu quarto. Pensou, pensou e não conseguia arranjar uma solução para o problema. No meio de tanto pensamento, uma ideia passou pela sua cabeça.
Foi ao jardim e começou a juntar todas as folhas. De seguida, foi novamente para o quarto e agrafou-as.
No dia seguinte, o Francisco tinha que entregar um texto infantil à sua professora. Quando esta o chamou, ele tentou disfarçar o entusiasmo que tinha para ler o seu texto, pois quem tivesse o melhor, tinha o prazer de todas as semanas, poder escrever um texto para o jornal da escola.
Quando acabou de ler, Francisco olhou para a professora que estava boquiaberta com a sua imaginação. Decidida, abriu o envelope com o nome do vencedor.
Francisco não queria acreditar, pois ele era o vencedor! Estava a tentar não dizer a ninguém o seu segredo para o melhor texto, porque ninguém ia acreditar nele!
Quando chegou a casa e a mãe lhe perguntou onde é que ele foi buscar a sua inspiração, ele respondeu com muito gozo:
- No nosso quintal!
Bárbara Baptista, 5ºC
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