segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

«A Fada Oriana» de Sophia de Mello Breyner Andresen

     Há duas espécies de fadas: as fadas boas e as fadas más. As fadas boas fazem coisas boas e as fadas más fazem coisas más.
[...]
     Era uma vez uma fada chamada Oriana. Era uma fada boa e era muito bonita. Vivia livre, alegre e feliz dançando nos campos, nos montes, nos bosques, nos jardins e nas praias.

Clica na imagem 
para aceder à obra digital

Exercícios:  1      2      3      4           

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Teste de Leitura/Compreensão Escrita

Para que os alunos do 5º ano possam treinar a competência da Leitura / Compreensão Escrita, deixo-vos aqui alguns exercícios com base em textos do manual "Diálogos 5º" da Porto Editora.

Bom trabalho!


Fichas:  1     2 -   3    

domingo, 25 de novembro de 2012

Ouvir/Escrever - Música portuguesa

Ouvir música portuguesa, ler e escrever corretamente. É este o desafio que vos proponho. Ouçam as músicas propostas e completem a letra. Cuidado com a ortografia!
E não se esqueçam:
Saber ouvir não é tão simples quanto parece! Muita atenção/concentração.

Experimenta, clicando AQUI.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Exame de Língua Portuguesa 6º ano (2012)

No próximo dia 19 de junho, realizar-se-á o exame nacional de língua portuguesa do 6º ano. Deixo-vos aqui algumas recomendações:

1. Antes de sair de casa, com a devida antecedência (a chamada realiza-se às 8h45), verifica se tens todo o material necessário: 2 canetas, 1 lápis, 1 borracha, a cabeça no lugar, ... :)

2. Muito importante: Não te esqueças de desligar o teu telemóvel e deixá-lo junto dos professores vigilantes ou de um funcionário. A posse de qualquer aparelho de comunicação determina a anulação da prova.

3. Ouvir com muita atenção todas as indicações/informações dos professores vigilantes, respeitando escrupulosamente todas as regras definidas. 

4. Preencher com muito cuidado o cabeçalho da prova.

5. Ler com muita atenção o conteúdo inicial da prova, nomeadamente as instruções relativas à realização do exame.

6. Ler com muita atenção os textos (pelo menos 2 vezes) e os enunciados, sublinhando as palavras-chave.

7. Construir mentalmente ou no rascunho a resposta, antes de começar a escrever.

8. Verificar a correção da resposta (conteúdo e forma) relendo-a e confirmando a informação no texto.

9. Controlar o tempo de realização dos exercícios e da prova. Não percas tempo com exercícios que não saibas resolver, deixa-os para o fim, se tiveres tempo.

10. Concluída a prova, não te esqueças de voltar a ler o que escreveste, principalmente o texto da 3ª parte (Expressão Escrita), verificando possíveis erros ortográficos, pontuação e sintaxe.

11. Último conselho: Concentração, organização e confiança, pois tens todos os conteúdos registados na tua memória. Procura!


Recordo-vos que as provas de aferição (de 2001 a 2010) e respetivos critérios de classificação se encontram disponíveis na página electrónica do GAVE (Gabinete de Avaliação Educacional):

GAVE: Banco de Itens: Exames & Provas
http://bi.gave.min-edu.pt/exames/exames/provas/260/?listProvas








sexta-feira, 23 de março de 2012

«Ulisses» de Maria Alberta Menéres

«Ulisses» de Maria Alberta Menéres
Uma aventura pela Grécia Antiga.
As aventuras de Ulisses, rei de Ítaca e conquistador de Tróia.
 (clica na capa do livro para aceder ao texto)

                  


Outras ligações:
http://estudamais9.blogs.sapo.pt/
http://pt.scribd.com/smcfsm/d/7747182-Ulisses-de-Maria-Alberta-Meneres

Exercícios interativos:
http://ulissesexistiu.blogs.sapo.pt

Testes: 1 - 2 - 3 - 4 - (correção 4) - 5 - 6




segunda-feira, 19 de março de 2012

«Bela Infanta» de Almeida Garrett


Depois da leitura da obra "A Árvore" de Sophia de Mello Breyner Andresen, que nos levou até à época dos Descobrimentos e das viagens dos portugueses pelo mundo, nomeadamente pelo Oriente, proponho-vos a leitura da narrativa em verso "Bela Infanta" de Almeida Garrett, que nos levará até à Idade Média e às Cruzadas.

Deixo-vos aqui as gravações das leituras dramatizadas dos vossos colegas do 6ºB e D

 


Bela Infanta
Estava a bela infanta
No seu jardim assentada,
Com o pente de oiro fino
Seus cabelos penteava
Deitou os olhos ao mar
Viu vir uma nobre armada;
Capitão que nela vinha,
Muito bem que a governava.
- "Dize-me, ó capitão
Dessa tua nobre armada,
Se encontraste meu marido
Na terra que Deus pisava."
-"Anda tanto cavaleiro
Naquela terra sagrada...
Dize-me tu, ó senhora
As senhas que ele levava."
-"Levava cavalo branco,
Selim de prata doirada;
Na ponta da sua lança
A cruz de Cristo levava."
-"Pelos sinais que me deste
Lá o vi numa estacada
Morrer morte de valente:
Eu sua morte vingava."
-"Ai triste de mim viúva,
Ai triste de mim coitada!
De três filhinhas que tenho,
Sem nenhuma ser casada!..."
-"Que darias tu, senhora,
A quem no trouxera aqui?"
-"Dera-lhe oiro e prata fina
Quanta riqueza há por í."
-"Não quero oiro nem prata,
Não nos quero para mi':
Que darias mais, senhora,
A quem no trouxera aqui?"
-"De três moinhos que tenho,
Todos os três tos dera a ti;
Um mói o cravo e a canela,
Outro mói do gerzeli:
Rica farinha que fazem!
Tomara-os el-rei para si."
-"Os teus moinhos não quero,
Não os quero para mi:
Que darias mais, senhora,
A quem to trouxera aqui?"
-"As telhas do meu telhado,
Que são de oiro e marfim."
-"As telhas do teu telhado
Não nas quero para mi":
Que darias mais, senhora,
A quem no trouxera aqui?"
-"De três filhas que eu tenho
Todas três te dera a ti:
Uma para te calçar,
Outra para te vestir
A mais formosa de todas
Para contigo dormir."
-"As tuas filhas, infanta,
Não são damas para mi':
Dá-me outra coisa, senhora,
Se queres que o traga aqui."
-"Não tenho mais que te dar.
Nem tu mais que me pedir."
-"Tudo não, senhora minha.
Que inda não te deste a ti."
-"Cavaleiro que tal pede,
Que tão vilão é de si,
Por meus vilãos arrastado
O farei andar por aí
Ao rabo do meu cavalo
À volta do meu jardim.
Vassalos, os meus vassalos,
Acudi-me agora aqui!"
-"Este anel de sete pedras
Que eu contigo reparti...
Que é dela a outra metade?
Pois a minha, vê-la aí!"
-"Tantos anos que chorei,
Tantos sustos que tremi!...
Deus te perdoe, marido,
Que me ias matando aqui."

Almeida Garrett, Romanceiro

PARA SABER MAIS, CLICA AQUI

sexta-feira, 2 de março de 2012

Concurso de Leitura

No dia 1 de março, decorreu, na biblioteca do Agrupamento de Escolas de Alhadas, o Concurso de Leitura, subordinado ao tema "Cooperação / Solidariedade", no qual participaram os alunos do 2º e 3º ciclos. Os primeiros escolheram textos narrativos (contos) e os segundos textos poéticos.
Eis os textos e vídeos dos vencedores:

2º Ciclo 
Beatriz Coutinho e Francisca Silva - 6ºD



Obaluwaiyê, o Dono da Peste

[...] há uns 900 anos passados, nasceu um menino, e os pais botaram o nome de Obaluwaiyê. Este menino foi crescendo, e quando já estava mais ou menos com uns quatorze anos de idade, resolveu sair pelo mundo para conseguir bons trabalhos e ganhar muito dinheiro para ele e seus pais.
Um dia amanheceu já preparado, tomou a benção aos pais e saiu pela porta a fora, procurando um jeito de vida. Andou, andou, andou muito mesmo, até que por fim, depois
de já ter passado por varias cidadezinhas, deu numa cidade muito grande e começou a procurar emprego. Porém ninguém quis lhe atender, e por se achar esfomeado resolveu bater na porta de uma casa grande e muito bonita também. Quando vieram atender ele pediu esmola e, por resposta, fecharam a porta da casa e não lhe deram coisíssima nenhuma. Desiludido, continuou a andar, e um cachorro que estava deitado na dita porta acompanhou ele até quando chegaram numa mata virgem, onde ficaram comendo folhas e bichos de toda espécie. Obaluwaiyê por companhia naquela mata virgem só tinha o cachorro e as cobras que sempre estavam junto com ele. Mesmo assim, e com toda a fé que ele tinha em Olorum (Deus), não deixou de sofrer. Já estava com o corpo todo aberto em chagas e o cachorro era quem cuidava, com sua própria língua, aliviando as dores e sofrimentos. Obaluwaiyê já tinha perdido toda a esperança de vida e estava jogado entre as raízes dum pé de rôko (gameleira) esperando a morte. Foi quando ouviu uma voz dizer:
- Obaluwaiyê, levanta-te já cumpriste a tua missão com os teus sofrimentos, agora vais aliviar os sofrimentos daqueles que reclamam por ti.
[...] Ele aí se ajoelhou, deu graças a Olorum, e pediu para que lhe desse o direito e a virtude de poder cumprir aquela missão de acordo com a ordem que tinha recebido; e assim, com um pedaço de pau, espécie de um cajado, umas cabaças onde carregava água e remédio, e com o seu cachorrinho, começou a viagem de volta para a tribo de seus pais. Nessa ocasião, em várias tribos de lugares diferentes, estava assolando uma grande e desconhecida peste, e também morrendo gente mesmo que formiga.
[...] Obaluwaiyê passou pela última cidade que foi a primeira em que lhe negaram emprego. Se dirigiu para a casa onde lhe bateram a porta na cara negando uma esmola e pediu agasalho. Desta vez foi mais feliz. Não teve nem quem viesse atender. Devido ao estado de saúde que todos do lugar se encontravam, as casas amanheciam e anoiteciam com as portas já abertas. Logo que Obaluwaiyê entrou nessa casa aconteceu um dos mais verdadeiros milagres. Todas as pessoas que estavam doentes imediatamente levantaram da cama já curadas. Reconhecendo a Obaluwaiyê, foram caindo a seus pés pedindo perdão do que tinham feito. Ele com toda a paciência perdoava e dizia:
-Agora cada um de vocês tem de ir ver uma folha perêgum, pintar com efum, osum e uáje (ingredientes africanos) e em seguida pregar a folha na casa de cada um para que Olorum tenha compaixão dos moradores desta cidade e isole todo o mal que recaiu sobre vocês.
Imediatamente foi tudo feito conforme determinação de Obaluwaiyê. A cidade se normalizou, voltando a funcionar conforme antes da peste ter caído sobre ela.

SANTOS, Deoscóredes M. dos Santos. Obaluwaiyê, o Dono da Peste In: Contos
Crioulos da Bahia, narrados por Mestre Didi. Petrópolis, Vozes, 1976, p. 22 a 24.



3º Ciclo 
Patrícia Martins (9ºB)

AMIGO 
 
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».

«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!

«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!

«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.

«Amigo» é a solidão derrotada!

«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O'Neill, in «No Reino da Dinamarca»

Vera Alves (8ºC)


OS MENINOS DE TODAS AS CORES

Era uma vez um menino branco, chamado Miguel, que vivia numa terra de meninos brancos e dizia:


É bom ser branco
Porque é branco o açúcar, tão doce,
Porque é branco o leite, tão saboroso,
Porque é branca a neve, tão linda.


Mas, certo dia, o menino partiu numa grande viagem e chegou a uma terra onde todos os meninos são amarelos. Arranjou uma amiga chamada Flor de Lótus, que, como todos os meninos amarelos, dizia:


É bom ser amarelo
Porque é amarelo o Sol
É amarelo o girassol
Mais a areia amarela da praia.


O menino branco meteu-se num barco para continuar sua viagem e parou numa terra onde todos os meninos são pretos. Fez-se amigo de um pequeno caçador chamado Lumumba, que, como os outros meninos pretos, dizia:


É bom ser preto
Como a noite
Preto como as azeitonas
Preto como as estradas que nos levam
Por toda a parte


O menino branco entrou depois num avião, que só parou numa terra onde todos os meninos são vermelhos. Escolheu para brincar aos índios um menino chamado Pena de Águia. E o menino vermelho dizia:


É bom ser vermelho
Da cor das fogueiras
Da cor das cerejas
E da cor do sangue bem encarnado.


O menino branco foi correndo mundo até uma terra onde todos os meninos são castanhos. Aí fazia corridas de camelo com um menino chamado Ali-Babá, que dizia:


É bom ser castanho
Como a terra do chão
Os troncos das árvores
É tão bom ser castanho como um chocolate.


Quando o menino branco voltou à sua terra de meninos brancos, dizia:


É bom ser branco como o açúcar
Amarelo como o Sol
Preto como as estradas
Vermelho como as fogueiras
Castanho da cor do chocolate.


Enquanto, na escola, os meninos brancos pintavam em folhas brancas desenhos de meninos brancos, ele fazia grandes rodas com meninos sorridentes de todas as cores.
Autora: Luisa Ducla Soares


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

«A Árvore» de Sophia de Mello Breyner Andresen

Era uma vez – em tempos muito antigos, no arquipélago do Japão – uma árvore enorme que crescia numa ilha muito pequenina. (...)

Clica na imagem

POEMAS DE AMOR

No "Dia dos Namorados", o amor andou no ar, transcrito com palavras saídas da alma poética de alguns alunos.

O teu legado é desespero
É fúria do céu cinzento
É a força dos ventos
Que varre a terra e a deixa vazia

O que tu deixa são águas turvas
Que emolduram a face escura
Olhos de fogo como o sol do fim do dia
Hipnotizam na louca paixão, na magia

E agora partes como um vira-mundo
Roubando de mim todos os segundos
E a vida finda eu pressinto...

Deixa magoa que em mim aflora
Esta dor tão latente e sonora
Em minha alma eu apenas sinto...
E agora!
Alexandre Montalvan (recolhido e apresentado por Filipe Paixão, aluno do 6ºA)


Quando te vi
Numa nuvem te vi
Senti amor, alegria sem fim
Quando te vi os meus olhos disseram logo.
É o meu amor.

Encontrei no luar da noite
Sorristes para mim
O teu sorriso é brilhante como a lua!
Sentaste-te ao pé de mim
Eu quero-te amar
E beijar no luar
Cristiana Pereira (6ºA)

O amor
O amor é uma flor
Que se transforma em calor
De vez em quando dá dor
Mas nunca se transforma em rancor.
Pedro Garcia (6ºD) 

Amor é uma loucura irracional
Amor é uma loucura irracional
Mas se nós vivemos sem ele 
Quem nós seremos?
Animais? Humanos?
O quê? EU pergunto
Edgar Silva (6ºD)

O Amor é vermelho
O Amor é vermelho como o coração
Vermelho, porquê não sei.
Porque será?
Amar não é só gostar do outro
O Amor é ter carinho uns pelos outros
Eu Amo o meu melhor amigo, 
Será que ele também me ama?
Juliana Guardado (6ºD) 

 

Naquela noite
Naquela noite
Vi uma estrela brilhar
Fez-me lembrar os teus olhos
Era a lua a espreitar

Uma noite vi no céu
Uma estrela cadente
Essa estrela me mostrou
Que te amava eternamente

Eu não quero ver-te sofrer
Nem mais uma vez chorar
Eu só quero o carinho
Que tu tens para me dar

Esses teus olhos castanhos
À noite sempre a brilhar
São uma bela paisagem
Que o Mundo tem para me dar!
Aldegundes Lourenço (recolhido por Joana Cadima 6ºD)


 

 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Rumo ao Futuro


Da leitura e interpretação dos textos “O Semáforo Azul” e “O Passeio Rolante”, da autoria de Gianni Rodari, alguns alunos produziram textos que retratam as suas terras ou a escola no futuro.

O RÔBO FAZ-TUDO
Nas Alhadas, no concelho do FIGUEIRA DA FOZ , inventaram um Robô Faz Tudo. Ele faz, auxílio os velhinhos a passar a rua, ajuda o padre a dar missa, faz massagens e taxita , ele e musico  resumindo ele faz tudo.                                                  
Foram abolidos os taxitas os professores os médicos o padre e o coveiro , os padeiros os músicos os barbeiras as empregadas, os carteiros , as pessoas que recolhem lixo , os pedreiros ,os agricultores e o  rancho e o Primeiro – Ministro de Portugal. 
Mas ninguém substitui o homem.  
João Matias, 6ºB


A ESCOLA DO FUTURO
Na escola E.B.2,3 Pintor Mário Augusto, nas Alhadas inventaram robôs para executar mais rapidamente as tarefas das funcionárias, mais propriamente, na cantina e bar. Substituíram-se as escadas, por rampas rolantes com mais fácil acesso às salas de aula. Inventaram-se umas mochilas com rodas e mais resistentes, para poder suportar o peso dos livros com maior facilidade e não massacrar as costas dos alunos e professores.
Estes inventos vão fazer com que a nossa escola seja a melhor do futuro.  
Inês Alves, 6ºB

OS CAMPOS DE ARROZ DA MINHA TERRA, NO FUTURO
Os campos de arroz da minha terra, no futuro irão ser diferentes, do que são hoje em dia.
Os tratores irão trabalhar a energia solar.
O arroz irá crescer normalmente, sem adubos, nem remédios para matar os pesticidas do arroz.
Existirá uma máquina para arrancar as ervas daninhas, que também trabalhará a energia solar.
A água que vem do rio para o arroz irá ser brilhante e azul para que cresça bem e saudável.
Também existirá uma máquina que diga quando é que o arroz está bom para apanhar.
Quando já estiver apanhado, irá para um sítio fora do planeta terra. Irá para um planeta cheio de magia e emoção onde existirão fadas mágicas que cuidarão bem dele.
Depois, volta à terra dentro de um jato motorizado que o levará para uma fábrica, que não poluí o ambiente, onde será embalado e vendido para todo mundo.
E todas as pessoas o vão poder saborear.
E o dinheiro que ganharmos irá ser para fazer obras necessárias na minha terra, mas também irá para as instituições de todo o mundo.
Francisca Silva, 6ºD

A SALA VIRTUAL
 
Na escola E.B. 2,3 Pintor Mário Augusto, nas Alhadas, inventaram uma sala virtual interativa, onde as matérias são projectadas a três dimensões. Os alunos podem estudar as diversas matérias de forma mais divertida e motivante, estudar o sistema solar como se estivessem no espaço, viajar dentro do corpo humano ou numa floresta tropical. Podem escrever frases ou realizar cálculos com letras e números que vagueiam pela sala. 
É como ter o mundo nas mãos. 

Diogo Palaio, 6ºB (adaptado)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Profissões em vias de extinção

            Ao longo do tempo, muitas profissões desapareceram e outras surgiram. Deixo-vos aqui algumas profissões em vias de extinção retratadas através das entrevistas realizadas pelos alunos das turmas A, B e D do 6º ano. Algumas destas entrevistas são meras simulações, fruto da pesquisa e imaginação dos seus autores.


O ALFAIATE
O alfaiate desapareceu porque as pessoas gostam de comprar roupa nas lojas. Já não se veem muitos alfaiates no nosso país. As fábricas produzem roupa mais barata.
Eduarda: Há quanto tempo desempenha a profissão de alfaiate?
Alfaiate: Eu desempenho esta profissão há muito tempo. Há cerca de trinta e cinco anos.
Eduarda: Porque escolheu essa profissão?
Alfaiate: Eu escolhi esta profissão porque o meu pai já trabalhava neste ofício. Aprendi tudo com ele e sou eu que seguro esta arte na minha família que já vem do tempo dos meus bisavôs.
Eduarda: Gosta da sua profissão?
Alfaiate: Gosto da minha profissão porque segui as pisadas do meu pai.
Eduarda: Porque é que já não há mais alfaiates neste país?
Alfaiate: Ainda há alguns! Embora as pessoas prefiram ir às lojas comprar vestuário já feito. As fábricas tiraram-nos quase a clientela toda.
Eduarda: Acha que a profissão ainda vai continuar ou vai acabar por desaparecer?
Alfaiate: Acho que esta profissão vai deixar de existir como todas as outras profissões mais antigas.
Eduarda: Acha que a sua profissão vai voltar a existir?
Alfaiate: Penso que a minha profissão já não vai voltar a existir.

Maria Eduarda Fernandes, 6ºA

O CANTONEIRO
Entrevistadora - Bom dia! Sou uma jornalista do Diário de Brenha e vim saber se me disponibilizava um tempinho seu para me contar numa entrevista como é a vida de um cantoneiro.
Cantoneiro - Bom dia. Teria muito gosto em responder às suas perguntas.
Entrevistadora - Muito obrigada.  Como se chama?
Cantoneiro - Eu chamo-me Armando Cação.
Entrevistadora - Há quantos anos se dedica a esta profissão?
Cantoneiro - Eu trabalho nesta profissão há cerca de vinte e cinco anos.
Entrevistadora - Qual o motivo que o levou a escolher essa profissão?
Cantoneiro - Muitas razões, mas a principal é ajudar a preservar o ambiente.
Entrevistadora - Pode falar um pouco da sua rotina?
Cantoneiro - Sim. Bom, o que eu faço é limpar o lixo dos outros. Cerca de seis noites por semana, nós saímos à rua para recolher os sacos e os contentores. Trabalhamos quase até ao nascer do Sol.
Entrevistadora - Existem muitas pessoas a trabalhar nessa área?
Cantoneiro - Infelizmente não. As pessoas, neste momento, já não se preocupam muito com o ambiente.
Entrevistadora - O que o leva a pensar assim?
Cantoneiro - Nota-se que a maioria da população polui cada vez mais o ambiente.
Entrevistadora - Acha que a profissão está a “desaparecer” ?
Cantoneiro - Na minha opinião sim, porque já não há tantas pessoas interessadas em preservar o planeta.
Entrevistadora - Muito obrigada pela sua colaboração. Em breve a entrevista será publicada.
Cantoneiro - Não tem de agradecer. Fiz esta entrevista com muito gosto e espero que muitos jovens que a lerem pensem um bocadinho antes de poluir o nosso planeta, pois mais tarde não poderão usufruir tanto dele.

Érica Figueiredo, 6ºB

O MOLEIRO
Eu escolhi esta profissão porque já não há moleiro na minha zona. Bem…há o senhor António que já foi moleiro. Resolvi visitá-lo para lhe fazer esta entrevista.
Beatriz - Boa tarde! Ouvi dizer que o senhor António era moleiro. Pode dizer-me o que faz um moleiro?
Sr. António – Claro, menina! Um moleiro mói o trigo e o centeio.
Beatriz - Como funciona um moinho?
Sr. António – Com a ajuda da força da água que faz rodar as pedras, que se chamam mós, cujo peso mói os grãos, produz-se a farinha.
Beatriz: Porque é que acha a sua profissão importante no dia-a-dia?
Sr. António: Porque a farinha serve para fazer o pão, o milho partido para dar aos animais e a farinha de milho para fazer a broa.
Beatriz: Em toda a sua vida profissional, o que é que aconteceu de mais importante?
Sr. António - Um dia, apareceu-me uma criança à porta pedir-me para a salvar de um castigo, pois sua mãe tinha-lhe mandado um pouco de milho para fazer farinha para a broa e deixou cair tudo pelo caminho. Então, fui buscar um pouco das minhas reservas para poder dar àquela pobre criança que tanto chorava.
Beatriz - Trocaria a sua profissão por outra?
Sr. António – Não! Gosto muito daquilo que faço, faz-me sentir um pouco útil.
Beatriz - Se pudesse trocar, qual era a outra profissão que escolheria?
Sr. António - Talvez padeiro, porque faz tudo parte das mesmas origens.
Beatriz - Porque é que a sua profissão teve tendência em acabar?
Sr. António - Porque apareceram as novas máquinas que fizeram com que fosse tudo mais fácil e mais rápido.
Beatriz - Obrigado pela sua disponibilidade e lamento que a sua bonita profissão esteja em vias de extinção.
Beatriz Santos, 6ºD
O AMOLADOR
Eu decidi entrevistar o Senhor Joaquim devido à sua profissão ser quase a mais antiga do mundo, tão antiga como a própria faca, e ser um belo exemplo de como as profissões de uma época traduzem a sociedade em que está inserida e as suas mais diretas necessidades. Assim, com esta entrevista é possível visitarmos uma época diferente da nossa e reflectir sobre o seu desvanecer nas cortinas do tempo. O senhor Joaquim já foi outrora o único amolador da zona da Figueira da Foz. Nesta entrevista, vamos falar um pouco sobre a sua profissão.
Edgar - Senhor Joaquim, pode contar-me um pouco sobre a sua atividade?
Senhor Joaquim - A minha profissão consistia em afiar qualquer objecto cortante, como facas, tesouras, machados.
Edgar - Qual a importância da sua profissão?
Senhor Joaquim - Antigamente, muitas pessoas cortavam a sua madeira, tinham os seus próprios animais e quando estes tinham o tamanho certo matavam-nos. Para isso, necessitavam de facas extremamente bem afiadas. No final de tudo, a minha profissão servia para facilitar as actividades do quotidiano das pessoas.
Edgar - Qual era o seu tipo de clientes?
Senhor Joaquim - Como a minha loja era a única na região, vinham todo o tipo de pessoas, desde talhantes a chefes de cozinha, lenhadores, agricultores, até mesmo um coleccionador de facas e espadas do século XV que vinha todos os meses afiar a sua colecção.
Edgar - Porque acha que o número de amoladores, hoje em dia, é tão diminuto?
Senhor Joaquim - O estilo de vida das pessoas tem sofrido grandes alterações, as actividades que necessitavam de um amolador ou estão a desaparecer, ou arranjaram uma dessas “mariquices” que afia as facas sem grandes esforços. Assim, torna-se complicado ter uma profissão de que as pessoas necessitam cada vez menos.  
Edgar Silva, 6ºD
A  MONDADEIRA
 Eu escolhi a profissão de mondadeira porque é interessante e a minha avó fazia-o. Esta profissão desapareceu porque os tempos são outros e as máquinas substituíram o trabalho que as mondadeiras faziam. E hoje, aqui estou para fazer algumas perguntas à minha avó, uma pessoa simpática, amiga e que tem muitas mais qualidades.
Jornalista – Olá, avó está boa?
Entrevistado – Estou sim, minha neta.
Jornalista – Olhe avó, posso fazer-lhe algumas perguntas, para um trabalho da escola?
Entrevistado – Claro!
Jornalista – Olhe, o trabalho é sobre uma profissão em vias de extinção ou que já tenha acabado.
Entrevistado – Está bem! Eu era mondadeira.
Jornalista – Então, posso fazer-lhe algumas perguntas sobre essa profissão?
Entrevistado – Podes.
Jornalista – Tinha quantos anos quando começou a exercer essa ocupação?
Entrevistado – Tinha oito anos.
Jornalista – O que é que você fazia?
Entrevistado – Eu, quando tinha oito anos, andava a ajudar as mulheres mais velhas e também lhes dava água para beberem. Quando já era mais velha arrancava as ervas daninhas, adubava as terras e também semeava e plantava o arroz.
 Jornalista – Fale-me sobre o interesse que a sua profissão tinha e já não tem?
Entrevistado – É que lá nas terras andavam muitas pessoas e toda a gente se conhecia. Também andavam no burro ou nos carros dos bois e agora quase ninguém se conhece e todos andam de carro.
Jornalista – Fale-me sobre um episódio que tenha acontecido nesse tempo?
Entrevistado – Foi num dia em que eu e as minhas colegas íamos a passar a ponte. A minha colega ia em cima de uma padiola e caímos todas.
Jornalista – Dê-me uma opinião sobre se a sua profissão voltará?
Entrevistado – Acho que não volta, porque os tempos são outros e a mente das pessoas está muito evoluída.
Jornalista – Eu ouvi falar que era costume as mondadeiras cantarem enquanto trabalhavam. O que é que você cantava?
Entrevistado – Cantava a machadinha, a carrasquinha e havia muitas mais.
Jornalista – A que horas acordava para ir para o trabalho?
Entrevistado – Acordava às seis e meia.
Jornalista – E a que horas acabava o trabalho?
Entrevistado – Acabava às oito horas.
Jornalista – Que traje vestia?
Entrevistado – Eu vestia uma saia feita de calções, uma blusa, um lenço, um chapéu e umas meias nas pernas que se chamavam canos, por causa das sanguessugas.
Jornalista – Obrigado por este bocado.
Entrevistado – Não tens de quê.
Francisca Silva, 6ºD
AS LAVADEIRAS
Os motivos que me levaram a escolher esta profissão foi porque na minha terra existiam muitas lavadeiras. Essa profissão deixou de existir porque inventaram máquinas de lavar e secar roupa. As lavadeiras eram senhoras que tinham por profissão lavar roupa para outras pessoas. Eram senhoras humildes e pobres. Geralmente, na cidade, lavavam a roupa das senhoras mais ricas. Iam a casa das patroas uma vez por semana e levavam a roupa de toda a família para lavar nas fontes públicas e nos fontenários. Em alguns lugares, todos os dias, à beira rio, juntavam-se imensas pessoas a lavar. Cantavam, falavam da vida de toda a gente, por vezes até ralhavam e brigavam umas com as outras. Ao fim do dia, lá iam todas com a bacia à cabeça já com a roupa lavada.

Joana - A senhora lembra-se do tempo em que havia lavadeiras?
Lavadeira - Claro que lembro, era muito difícil porque no inverno a água era fria.
Joana - Então e eram bem pagas?
Lavadeira - Não! As senhoras pagavam o menos possível.
Joana - Mas mesmo assim, as lavadeiras continuavam sempre?
Lavadeira - Era o seu ganha-pão. Não havia trabalhos bem pagos como agora e o dinheiro era pouco. Tudo o que vinha fazia jeito, pois as famílias tinham muitas dificuldades.
Joana - E era difícil andar com as bacias à cabeça?
Lavadeira – Olhe, arranjavam-se assim muitas dores de costas para a vida toda, pois não havia máquinas como agora. E as senhoras não podiam e outras não queriam porque era duro. Então, davam o trabalho às outras e pagavam. Hoje, já não há lavadeiras porque o progresso e a evolução geraram as famosas e belas máquinas de lavar e secar a roupa.
Joana Cadima, 6ºD




A PEIXEIRA
 Eu escolhi esta profissão porque está em vias de desaparecimento, pois, hoje em dia, o peixe vende-se no supermercado onde as pessoas têm mais escolha. Como está em vias de desaparecimento quis saber como era antigamente praticada. A peixeira tinha uma roupa muito simples, pois não ganhava muito dinheiro para comprar roupa melhor. A sua roupa era: um lenço à cabeça, uma saia comprida com um avental à frente e uma blusa branca.
     
Entrevistadora - Olá, boa tarde. Será que lhe podia fazer umas perguntinhas?
Peixeira - Sobre o quê?
Entrevistadora - Sobre a sua profissão.
Peixeira - Claro que sim.
Entrevistadora - Pode-me explicar o que faz na sua profissão?
Peixeira - Posso. Levanto-me às quatro da manhã para ir à lota escolher o melhor peixe. Nem sempre é fácil, o peixe está muito caro e tenho de fazer uma seleção daquele que posso vender melhor.
Entrevistadora - Acha que a sua profissão tem o mesmo interesse que tinha antes?
Peixeira - Sim, porque o peixe sempre fez parte da nossa alimentação. No entanto, há diferenças e grandes! Principalmente na maneira de o comercializar, já que tudo evoluiu. Enquanto antes, era vendido dentro de canastras que eram transportadas à cabeça, agora é vendido em carrinhas próprias para esse fim. Se assim não for temos a fiscalização em cima de nós.
Entrevistadora - Acha que há diferenças no tipo de clientes?
Peixeira – Sim, sem dúvida! O cliente, hoje em dia, é muito exigente. Gostam de ver várias variedades de peixe. Antigamente, era mais a sardinha e o carapau.
Entrevistadora - Pode-me relatar um episódio engraçado que lhe tenha acontecido na sua profissão?
Peixeira – Bom, isso dava pano para mangas, já que episódios engraçados é coisa que não me falta.
Entrevistadora – Antigamente, qual era o seu pregão?
Peixeira - Aiiiiiiiiiiii, peixe fresquinhooo, eiiiiiiiiiiii, peixe fresquinho!!!!!!!!!!!!!!
Entrevistadora - O que pensa que vai acontecer com a sua profissão?
Peixeira - Como sou vendedora ambulante, talvez acabem com ela, pois as exigências são tantas que não vamos conseguir suportar tantas despesas.
Entrevistadora - Dona Ana, muito obrigada pela sua atenção e sorte para a sua profissão.
Peixeira - Obrigado também, menina. Saudinha.
 Mónica Carvalho, 6ºD