E se eu fosse uma prenda de Natal?
Olá
a todos, se eu fosse uma prenda de Natal seria um brinquedo especial e esse
brinquedo seria… Esperem! Acho que é melhor começar pelo início da história.
Estávamos a um dia do Natal e o Pai Natal estava
cheio de trabalho. Eram presentes para aqui, presentes para ali, presentes para
acolá, cartas para aqui, cartas para ali, ... Aquilo era uma trapalhada de todo o
tamanho e o Pai Natal estava desesperado e só se queixava:
Os brinquedos estão por embrulhar
E falta um dia para o Natal chegar
Tenho que me apressar
Para os brinquedos a tempo entregar!
Quando
foi buscar o trenó para o começar a encher de presentes, deparou-se que este
estava partido numa ponta. Então, ele começou outra vez a lamechar-se:
Trenó, trenó porque estás partido?
Não tenho tempo para te arranjar
Vais ter que ir assim
Não deixes nenhum presente cair
Para que nenhuma criança triste, possa ficar!
Começou
assim a viagem e sem ninguém reparar, eu caí no meio da neve. Ainda chamei por
eles, mas eles estavam lá em cima e eu cá em baixo. Sem saber para onde ir, nem
o que fazer, falei baixinho, para mim.
Estou aqui em baixo
Sem saber no que pensar
Olhar lá para cima
Só me dá
vontade de chorar.
Passado
algum tempo, pensei: ”Não vale a pena estar assim, porque isso não vai mudar
nada. É melhor começar a procurar a criança que está à minha espera.” Dito
isto, pus-me a caminho. Andei, andei, ... Aquilo parecia uma eternidade. Até que
finalmente, encontrei algumas casas. Espreitei pela janela de uma delas para ver
o que é que se estava a passar lá dentro. Estava uma família feliz a jantar. E visto isto, olhei para o céu e reparei que já era noite. Ou seja, já estávamos
na noite de Natal. Apressei o passo, até que vi uma casa muito velha, mas que
parecia habitada. Lá dentro, estava uma senhora a cozinhar e sentada no chão, a
filha brincava mas com um ar muito triste. Foi aí que reparei que a menina
estava entretida com velhas caixas de fósforos, que foram ficando depois de
usadas. Nesse momento passou uma ventania por mim, até que sinto alguém me
tocar… Era o Pai Natal! Ele reparou que me tinha perdido e veio à minha
procura. Foi aí que eu lhe disse:
Pai Natal, eu tenho que ficar
Quero fazer esta menina feliz
Para que nesta noite
As estrelas possam brilhar.
Então, o Pai Natal concordou comigo e fomos para o quarto da menina. O quarto era
pequeno e velho, mas estava cheio de amor. Na parede, estava um calendário muito
antigo, do ano 1199 com o dia 25 de dezembro rodeado. Aí percebemos que a
menina acreditava na magia do Natal. Entretanto, a menina entrou no quarto e
quando olhou para nós, ficou assustada. Mas, mesmo assim, feliz com a nossa
presença.
O
Pai Natal agarrou-me e entregou-me. A menina ficou muito contente,
desembrulhou-me e ficou a saber que sou uma linda caixa de música. Os olhos
dela ficaram radiantes. Ela exclamou:
Pai Natal, Pai Natal
Que grande alegria
Eu sempre acreditei
Que o Natal é magia!
E
assim sou eu, uma simples caixa de música, que deu alegria a uma menina!
Maria Costeira Rascão 5ºA
Muito obrigado pela tua linda história, Maria. Continua a encantar-nos com a tua imaginação.
ResponderEliminarDesejo-te umas ótimas férias e um Feliz Natal.
Até "pró" ano!
Ângelo Cortesão
ResponderEliminarNa minha opinião, o primeiro lugar foi muito bem escolhido para o teu texto.
Este texto motivou-me para a leitura, porque fala de uma menina que passava os natais sozinha em casa trancada no seu quarto. Mas um dia apareceu o pai natal. Estava ainda muito assustada mas feliz com a sua presença…
É um texto cheio de originalidade e por isso mereceu o prémio atribuído. Parabéns!
Tomás Marques 7ºA